Mais um dia passado, dou por mim como uma reclusa a contar os dias - faltam-me apenas os riscos na parede do meu quarto! Percebo-me que estou a contar os dias para qualquer coisa de melhor, que sei que vem por aí... não deve tardar muito!
Cheguei a casa e estive a dormitar, que não é bem a mesma coisa que dormir... Quando acordei, não estava a sentir-me bem em casa, faltava-me o ar e por isso resolvi sair. Numa das minhas muitas deambulações pela minha cidade, em que percorro-a sem rumo nem destino!
Estas deambulações pela cidade e a noite, sossegam-me... acho que é a certeza de encontrar almas ainda mais inquietas do que a minha!
Fui passando de carro, que estava bem quentinho, e reparei que lá fora estava frio... vi muita gente na rua. Mas não falo de pessoas que saíram para celebrar o dia das Bruxas, mas sim de gente que não tem outra alternativa para além da rua. A casa deles é a rua... o trabalho deles é a noite... a vida deles são os murmurinhos que ouvimos quando deitamos na nossa cama e a cidade ainda continua viva e a respirar com dificuldade! Durante o dia, não ouvimos pois estamos demasiadamente preocupados em ouvir o nosso próprio barulho e chorar as nossas próprias lágrimas! Eu também sou assim...
Vejo rostos... sombras de almas... de pessoas que escolheram outro caminho sem querer e que acabaram por se perder, continuando à procura de qualquer coisa! Rostos, sem sorrisos porque afinal a vida não é só cor-de-rosa! As mãos deles esfregam freneticamente pois essa será a única forma de conseguirem aquecer qualquer coisa... pelo menos até à hora do próximo xuto, do próximo pacote de vinho, do próximo cliente... ainda há aqueles que apenas querem que o sol regresse para aquecerem e recuperarem a cor perdida! Parecem fantasmas...
Numa noite de bruxas, os nossos fantasmas vivem na noite... os fantasmas de quem não sabe o caminho de regresso! Na noite das bruxas, os meus fantasmas foram-se embora e fiquei com os dos outros...
Eu, que agora estou à frente do computador, vestida com uma roupa quente e confortável! Que tenho comida, água e outros pequenos luxos que me garantem a sobrevivência física, mental, social, cultural e etc... Eu que saí à rua, na noite das bruxas, para espantar os meus fantasmas e regressei com os fantasmas dos outros... Os outros que vivem todos os dias na noite de bruxas e fantasmas!
Wednesday, October 31, 2007
Tuesday, October 30, 2007
Imagens
Imagens correm a uma velocidade demasiado rápida para que possa reconhecer qualquer rosto...
Imagens gravadas na minha pele, pois ainda as consigo sentir...
Imagens gravadas no ar... secam as lágrimas deste rosto que já sorriu!
Imagens gravadas naquele cheiro daquele tempo, onde um abraço era o mais reconfortante...
Imagens gravadas que correm à frente dos meus olhos...
Imagens perdidas no tempo...
Imagens perdidas nos lugares...
Imagens perdidas completamente soltas, a correrem pelos espelhos desta casa...
Imagens perdidas mas gravadas, correm à frente dos meus olhos!
Imagens sentidas, daquele nosso coração!
Imagens sentidas, dos momentos que estão gravados nas imagens!
Imagens sentidas, que me fazem sentir...
Imagens sentidas, que forão perdidas mas estão gravadas, correm à frente dos meus olhos!
Imagens gravadas na minha pele, pois ainda as consigo sentir...
Imagens gravadas no ar... secam as lágrimas deste rosto que já sorriu!
Imagens gravadas naquele cheiro daquele tempo, onde um abraço era o mais reconfortante...
Imagens gravadas que correm à frente dos meus olhos...
Imagens perdidas no tempo...
Imagens perdidas nos lugares...
Imagens perdidas completamente soltas, a correrem pelos espelhos desta casa...
Imagens perdidas mas gravadas, correm à frente dos meus olhos!
Imagens sentidas, daquele nosso coração!
Imagens sentidas, dos momentos que estão gravados nas imagens!
Imagens sentidas, que me fazem sentir...
Imagens sentidas, que forão perdidas mas estão gravadas, correm à frente dos meus olhos!
Por um par de horas...
Estou completamente estourada... Nem sei ao certo o que me apetece escrever aqui! Aqui sempre me encontrei e sempre consegui transformar o preto em cinzento!As coisas aqui nunca pareceram assim tão más, pois estava a escrever uma história e nessas todos os tipos de finais encantam os outros e a mim também.
Sinto-me à espera do nada e não quero isso... Não quero esperar mais o nada! Quero sentir-me mulher... tipo ser assediada na rua sem que excedam os limites e não se aceitam bocas à trolha! Quero que alguém me ache interessante e faça conversa comigo... mesmo num sítio cheio de barulho onde não consigo ouvir um terço do que me possam dizer, mas que estejam ali pelo menos a tentar! Chega de engates foleiros e passados de moda e que me cansam por completo, porque tenho que fazer de conta que nunca ouvi aquilo que me disseram... Quero ser convidada para jantar num sítio giro, quero ser convidada para ir ao teatro! Um homem maduro e inteligente, com o seu próprio lugar no mundo sem seguir correntes ou outras idiotices tipicas de quem já passou pelo ensino secundário...
Farta de esperar pelo nada, estar presa pelo nada, pensar no nada... caramba, quero ser elogiada, apaparicada, mimada, cheia de atenções... quero uma surpresa!
Vida serás capaz tu de me surpreender? Nem que seja apenas por um par de horas... Pois estou cansada de coisas que me deixam no minímo entediada...
Sinto-me à espera do nada e não quero isso... Não quero esperar mais o nada! Quero sentir-me mulher... tipo ser assediada na rua sem que excedam os limites e não se aceitam bocas à trolha! Quero que alguém me ache interessante e faça conversa comigo... mesmo num sítio cheio de barulho onde não consigo ouvir um terço do que me possam dizer, mas que estejam ali pelo menos a tentar! Chega de engates foleiros e passados de moda e que me cansam por completo, porque tenho que fazer de conta que nunca ouvi aquilo que me disseram... Quero ser convidada para jantar num sítio giro, quero ser convidada para ir ao teatro! Um homem maduro e inteligente, com o seu próprio lugar no mundo sem seguir correntes ou outras idiotices tipicas de quem já passou pelo ensino secundário...
Farta de esperar pelo nada, estar presa pelo nada, pensar no nada... caramba, quero ser elogiada, apaparicada, mimada, cheia de atenções... quero uma surpresa!
Vida serás capaz tu de me surpreender? Nem que seja apenas por um par de horas... Pois estou cansada de coisas que me deixam no minímo entediada...
Monday, October 29, 2007
Não sei
Não sei o que quero... Não sei o que fazer... Não sei o que pensar... Não sei o que sentir e como fazê-lo!!!
Parem de falar comigo nesse tom de voz alta... vocês que sabem tudo e que me dizem como comportar! Quem disse que seguirei o vosso pensamento? Recuso-me a andar com muletas de pensamento! Não sei nada mas irei saber!
Não sei como agir... Não sei se posso ou não sorrir, aliás não sei se quero sorrir! Não sei se quero falar... Não sei se quero ouvir... Não quero nada!
Portanto, parem de gritar à frente da minha porta e perto dos meus ouvidos!
Não sei como esquecer... Não sei o remédio para as minhas curas! Não sei o que será amanhã... Não sei nada e não sei se quero saber...
Por isso, não me respondam às minhas perguntas! Faço-as retoricamente, porque quero encontrar por mim as respostas!
De braços abertos... perto de um lugar quente como o sol... deito-me no verde da relva que por aqui nasceu! O sol vai embora e ainda não sei nada! E vocês insistem em perseguir-me com as respostas feitas para as minhas perguntas! Vão-se embora... não quero aqui ninguém!
Não sei, mas irei saber ... como agir, como sorrir, como pensar e um dia se tu deixares até saberei esquecer!
Parem de falar comigo nesse tom de voz alta... vocês que sabem tudo e que me dizem como comportar! Quem disse que seguirei o vosso pensamento? Recuso-me a andar com muletas de pensamento! Não sei nada mas irei saber!
Não sei como agir... Não sei se posso ou não sorrir, aliás não sei se quero sorrir! Não sei se quero falar... Não sei se quero ouvir... Não quero nada!
Portanto, parem de gritar à frente da minha porta e perto dos meus ouvidos!
Não sei como esquecer... Não sei o remédio para as minhas curas! Não sei o que será amanhã... Não sei nada e não sei se quero saber...
Por isso, não me respondam às minhas perguntas! Faço-as retoricamente, porque quero encontrar por mim as respostas!
De braços abertos... perto de um lugar quente como o sol... deito-me no verde da relva que por aqui nasceu! O sol vai embora e ainda não sei nada! E vocês insistem em perseguir-me com as respostas feitas para as minhas perguntas! Vão-se embora... não quero aqui ninguém!
Não sei, mas irei saber ... como agir, como sorrir, como pensar e um dia se tu deixares até saberei esquecer!
Mais um dia...
Precisamente 12h44m... marca o relógio do meu computador! Estou no meu novo local de trabalho, aquele de horário normal e com fins-de-semana! Aquele que durante um ano fartei-me de reclamar para mim e que teimava em não chegar!
Agora? agora passo a vida reclamar por aquele trabalho sem horários certos, sem fins-de-semana e com a adrenalina a correr por todos os lados! Ah e ausência de vida pessoal!
Estou para aqui a fazer pesquisa na internet e lembrei-me de vir gritar toda esta minha dificuldade de adaptação a uma nova realidade... Como queria fazer de conta, só hoje!!!
Caramba, detesto segunda-feira...
Agora? agora passo a vida reclamar por aquele trabalho sem horários certos, sem fins-de-semana e com a adrenalina a correr por todos os lados! Ah e ausência de vida pessoal!
Estou para aqui a fazer pesquisa na internet e lembrei-me de vir gritar toda esta minha dificuldade de adaptação a uma nova realidade... Como queria fazer de conta, só hoje!!!
Caramba, detesto segunda-feira...
Thursday, October 25, 2007
Desabafo do self chateado
Prometi a mim própria que não iria pensar em ti hoje, tipo objectivo pessoal... Falhei, mais uma vez!
A imagem de ti, do teu sorriso, das tuas palavras que pintavam um quadro estranho de Dali mas sempre com mensagem... não saiem do que chamam de pensamento, do meu pensamento! Fui para uma aula, onde fartaram-se de falar do self... do meu self? Não sei onde ele anda... foi embora contigo, talvez! Que raio é isso do self? Que raio é isso que dizem que tenho que encontrar para não estar excluída? Se tivesse encontrado o meu self, não me terias excluído? Isto chega a ser ridículo, estou para aqui a teorizar sentimentos e pessoas... pior relacionei o sentimentalismo piroso, com uma teoria da exclusão social!
Desejo ser prática, como alguém disse-me uma vez: Pragmatismo! Queria ser pragmática contigo, dizer-te que gosto de ti mas que não suporto essa realidade... que encontrei o meu chamado self e que descobri que não preciso do teu self, para ser qualquer coisa aproximada à felicidade!
Deveria estar a ler o material para amanhã e depois estar dentro do assunto da aula... mas não me apetece e fico por ali, a olhar com uma cara de quem desvaloriza tudo aquilo e que aquela sala cheia está a complicar a evidência!
Chego a casa e visto aquele pijama fateloso e largueirão... acrescento a camisola que usava no auge dos meus oitenta e cinco quilos, sim fui uma baleia adulta!!! Fico especada a olhar para o monitor, nao me evitando a ver algumas das lembranças digitais guardadas... Apaguei as mensagens, mas quantas vezes não me arrependi? Será que se tivesse o meu self aqui ele concordaria? De certo que não...
Mas eu com ou sem self, sei a tua vida... sei a tua história... sei-te de cor (isto disse o Paulo Gonzo, música pirosa de facto)... sei que na vida tudo pode acontecer, de maneira surpreendente ou de maneira previsivelmente previsível. A tua vida previsivelmente eu a prevejo... casado com aquela namoradinha dos tempos de menino... com aquela vida que não é muito diferente da que tinhas anteriormente... com todos os protocolos que a tua mente e o teu dito status te pediram, mas que o teu coração nunca compreendeu ou aceitou... Digas o que disseres, de coração foste-o poucas vezes, usaste frases banais que pareciam sentidas... continuaste a usar as mesmas... temeste a solidão e procuraste a certeza de te encontrares, ou pseudo encontrares! Acho que perdeste o teu self... Acho que não encontraste o caminho para o ir reclamar... Aborrece-me que não o tenhas feito... chateia-me ver-te dependente de uma realidade que só tem valor, porque para ti é a mais segura e pensas que é a mais próxima de ti... Mas tu desconheces que tens um self, ouviste falar e sem perceber procuraste-o...
Quis-te aqui comigo, pertinho do mar onde agora estou porque não aguentei as quatro paredes sufocatórias de sentimentos... Mas não sei se o meu self te queria... mas acho que o meu self é tão sensível e vulnerável a ti, como eu e por isso no final cederia aos encantos da tua liberdade, quando és capaz de a mostrar! Que não resistiria ao sorriso livre que desenhas na tua face, quando experimentas a liberdade e o risco... a dor e a alegria... o esforço e a mais completa preguiça... quando vives no mundo real, aquele que te faz querer agir e que te faz pensar! Não falo desse que te consome e te apague... que retira a tua individualidade e que te torna apenas numa cara a mais para convidar, por pressão porque estiveste lá e correspondente aos níveis de uma vida de futilidades, sem qualquer outro ponto positivo...
Mas que raio, se tu não queres saber... porque me preocupo eu em dize-te o que vi em ti e nos teus olhos? Que me interessa dizer e debitar este discurso, se não irás ler aquilo que te escrevo... se não és capaz de perceber que isto é para ti... porque achas que te superei, porque achas-me feliz... porque deixaste de olhar e ver-me com esses teus olhos que agora, apenas, conseguem ver a minha capa...
Vou acabar com o devaneio por hoje... Quando te olhares realmente no espelho, pensa apenas que te vi primeiro e que te disse tudo isto antes ... mas que porque a tua vida é assim, precisaste de descobrir por ti tudo isto...
A imagem de ti, do teu sorriso, das tuas palavras que pintavam um quadro estranho de Dali mas sempre com mensagem... não saiem do que chamam de pensamento, do meu pensamento! Fui para uma aula, onde fartaram-se de falar do self... do meu self? Não sei onde ele anda... foi embora contigo, talvez! Que raio é isso do self? Que raio é isso que dizem que tenho que encontrar para não estar excluída? Se tivesse encontrado o meu self, não me terias excluído? Isto chega a ser ridículo, estou para aqui a teorizar sentimentos e pessoas... pior relacionei o sentimentalismo piroso, com uma teoria da exclusão social!
Desejo ser prática, como alguém disse-me uma vez: Pragmatismo! Queria ser pragmática contigo, dizer-te que gosto de ti mas que não suporto essa realidade... que encontrei o meu chamado self e que descobri que não preciso do teu self, para ser qualquer coisa aproximada à felicidade!
Deveria estar a ler o material para amanhã e depois estar dentro do assunto da aula... mas não me apetece e fico por ali, a olhar com uma cara de quem desvaloriza tudo aquilo e que aquela sala cheia está a complicar a evidência!
Chego a casa e visto aquele pijama fateloso e largueirão... acrescento a camisola que usava no auge dos meus oitenta e cinco quilos, sim fui uma baleia adulta!!! Fico especada a olhar para o monitor, nao me evitando a ver algumas das lembranças digitais guardadas... Apaguei as mensagens, mas quantas vezes não me arrependi? Será que se tivesse o meu self aqui ele concordaria? De certo que não...
Mas eu com ou sem self, sei a tua vida... sei a tua história... sei-te de cor (isto disse o Paulo Gonzo, música pirosa de facto)... sei que na vida tudo pode acontecer, de maneira surpreendente ou de maneira previsivelmente previsível. A tua vida previsivelmente eu a prevejo... casado com aquela namoradinha dos tempos de menino... com aquela vida que não é muito diferente da que tinhas anteriormente... com todos os protocolos que a tua mente e o teu dito status te pediram, mas que o teu coração nunca compreendeu ou aceitou... Digas o que disseres, de coração foste-o poucas vezes, usaste frases banais que pareciam sentidas... continuaste a usar as mesmas... temeste a solidão e procuraste a certeza de te encontrares, ou pseudo encontrares! Acho que perdeste o teu self... Acho que não encontraste o caminho para o ir reclamar... Aborrece-me que não o tenhas feito... chateia-me ver-te dependente de uma realidade que só tem valor, porque para ti é a mais segura e pensas que é a mais próxima de ti... Mas tu desconheces que tens um self, ouviste falar e sem perceber procuraste-o...
Quis-te aqui comigo, pertinho do mar onde agora estou porque não aguentei as quatro paredes sufocatórias de sentimentos... Mas não sei se o meu self te queria... mas acho que o meu self é tão sensível e vulnerável a ti, como eu e por isso no final cederia aos encantos da tua liberdade, quando és capaz de a mostrar! Que não resistiria ao sorriso livre que desenhas na tua face, quando experimentas a liberdade e o risco... a dor e a alegria... o esforço e a mais completa preguiça... quando vives no mundo real, aquele que te faz querer agir e que te faz pensar! Não falo desse que te consome e te apague... que retira a tua individualidade e que te torna apenas numa cara a mais para convidar, por pressão porque estiveste lá e correspondente aos níveis de uma vida de futilidades, sem qualquer outro ponto positivo...
Mas que raio, se tu não queres saber... porque me preocupo eu em dize-te o que vi em ti e nos teus olhos? Que me interessa dizer e debitar este discurso, se não irás ler aquilo que te escrevo... se não és capaz de perceber que isto é para ti... porque achas que te superei, porque achas-me feliz... porque deixaste de olhar e ver-me com esses teus olhos que agora, apenas, conseguem ver a minha capa...
Vou acabar com o devaneio por hoje... Quando te olhares realmente no espelho, pensa apenas que te vi primeiro e que te disse tudo isto antes ... mas que porque a tua vida é assim, precisaste de descobrir por ti tudo isto...
Wednesday, October 24, 2007
Dizer-te Adeus
Às vezes dizer adeus a algumas pessoas não custa nada, nem sequer chega a ser difícil... Outras vezes, surgem aquelas pessoas das quais não conseguimos despedirmo-nos nem sequer sabemos como o fazer!
Pessoas, essas, que de um modo ou de outro fizeram-nos acreditar na certeza impossível de que elas estariam sempre na nossa vida... não há certezas, bem como não há qualquer espécie de acaso, coincidência pois muitas vezes somos nós que as precipitamos e causamos! E se elas existem, bem de tanto forçarmos acabaram por ser desvalorizadas e julgadas pela falta de crença...
Acreditei na coincidência quando te conheci, como te conheci... Já tinhamos estado tão perto antes do nosso passado e nem sequer nos vimos! Depois e com a ajuda do acaso criado pelas pessoas que nos rodeiam, surgimos os dois numa história que não compreendo, onde não percebi o ínicio e sequer aceitei o seu término.
Nos primeiros minutos, horas, dias e até meses não queria dizer-te adeus, pois mesmo que não me quisesses mais eu iria estar ali para a eventualidade! Tolice minha, por isso depois decidi-me a dizer-te adeus e a apagar suavemente o meu sentir...
Tento incenssantemente encontrar modos de dizer adeus mas não consigo... já me revoltei, ja gritei, ja chorei, já prometi ao mundo que não te queria mais... mas não consigo! Então faço de conta que sou feliz e que já te disse adeus e que não te quero, que não penso em ti e muito menos recordo-me do como me senti do teu lado...
Quero dizer-te adeus... mas tudo complica isto! Solução? Vou continuar o meu caminho, esperando que o tempo me traga uma resposta a tempo de resolver tudo isto... ficaste com o meu pedacinho, aquele que te dei em tempos e nunca pensei pedir-te de volta... Cheguei a pedir-te? O tempo vai resolver tudo, espero eu... até lá faço de conta que não te amo... faço de conta que não me fazes falta... faço de conta até eu conseguir acreditar no que quero e no que preciso para seguir o meu novo caminho... Aí serei capaz de te dizer adeus... até lá, fico-me pelo silêncio que anseia pela despedida!
Pessoas, essas, que de um modo ou de outro fizeram-nos acreditar na certeza impossível de que elas estariam sempre na nossa vida... não há certezas, bem como não há qualquer espécie de acaso, coincidência pois muitas vezes somos nós que as precipitamos e causamos! E se elas existem, bem de tanto forçarmos acabaram por ser desvalorizadas e julgadas pela falta de crença...
Acreditei na coincidência quando te conheci, como te conheci... Já tinhamos estado tão perto antes do nosso passado e nem sequer nos vimos! Depois e com a ajuda do acaso criado pelas pessoas que nos rodeiam, surgimos os dois numa história que não compreendo, onde não percebi o ínicio e sequer aceitei o seu término.
Nos primeiros minutos, horas, dias e até meses não queria dizer-te adeus, pois mesmo que não me quisesses mais eu iria estar ali para a eventualidade! Tolice minha, por isso depois decidi-me a dizer-te adeus e a apagar suavemente o meu sentir...
Tento incenssantemente encontrar modos de dizer adeus mas não consigo... já me revoltei, ja gritei, ja chorei, já prometi ao mundo que não te queria mais... mas não consigo! Então faço de conta que sou feliz e que já te disse adeus e que não te quero, que não penso em ti e muito menos recordo-me do como me senti do teu lado...
Quero dizer-te adeus... mas tudo complica isto! Solução? Vou continuar o meu caminho, esperando que o tempo me traga uma resposta a tempo de resolver tudo isto... ficaste com o meu pedacinho, aquele que te dei em tempos e nunca pensei pedir-te de volta... Cheguei a pedir-te? O tempo vai resolver tudo, espero eu... até lá faço de conta que não te amo... faço de conta que não me fazes falta... faço de conta até eu conseguir acreditar no que quero e no que preciso para seguir o meu novo caminho... Aí serei capaz de te dizer adeus... até lá, fico-me pelo silêncio que anseia pela despedida!
Wednesday, October 17, 2007
Detesto...
Detesto gente sem originalidade... detesto gente que, por acaso, está convencida que é melhor que o mundo e que este é que deve superar a sua perfeição...
Detesto gente falsa, sem respeito e sem caractér... Detesto mentira bem acompanhada por hipocrisia e cobardia...
Detesto sorrisos falsos... detesto discursos de compensação... detesto pessoas que acham que me conhecem bem, só porque deram meia dúzia de "cambalhotas" comigo... detesto pessoas, que por esse mesmo motivo, acreditam que ainda morro de paixão por eles e que só por isso irei voltar ... Tolos!
Detesto desprezo, porque acho que na maior parte das vezes é medo... e por isso detesto gente medricas e incapaz de assumir uma posição!
Detesto gente que vive de aparências e que compram apenas aquelas roupas de marca para "pseudo" afirmarem-se como gente de bem, quando na verdade ou já roubaram ou já estão a pensar nisso!
Detesto gente que vive por viver, gente dependente e que me retiram o ar... Detesto a cor roxa... Detesto o trânsito e ter que dar trezentas voltas ao quarteirão para estacionar a viatura...
Detesto a solidão mas abomino multidões... Detesto a algazarra mas não suporto o silêncio...
Detesto os tontos e as suas histórinhas de comover todo o mundo menos a mim... eu também tenho problemas certo?
Detesto o egoísmo presente nos humanos... detesto, às vezes, ser egoísta e só pensar nos meus problemas! Morre tanta gente à fome, por isso não venhas com o mesmo discurso!
Detesto gente que vive na fantasia, mas insiste em dizer que vive no mundo real... Detesto aqueles que dizem precisar de trabalhar, mas na verdade não precisam nada pois no final do mês não pagam contas nem sustentam crianças e uma mãe idosa cheia de problemas de saúde...
Detesto sorrisinhos de meninas conquetes e a sua extrema necessidade em gritarem para o mundo que estão felizes, na esperança de que as próprias sejam capazes de acreditar nisso...
Estou cansada e neste momento gosto de pouco do que me rodeia...
Detesto gente falsa, sem respeito e sem caractér... Detesto mentira bem acompanhada por hipocrisia e cobardia...
Detesto sorrisos falsos... detesto discursos de compensação... detesto pessoas que acham que me conhecem bem, só porque deram meia dúzia de "cambalhotas" comigo... detesto pessoas, que por esse mesmo motivo, acreditam que ainda morro de paixão por eles e que só por isso irei voltar ... Tolos!
Detesto desprezo, porque acho que na maior parte das vezes é medo... e por isso detesto gente medricas e incapaz de assumir uma posição!
Detesto gente que vive de aparências e que compram apenas aquelas roupas de marca para "pseudo" afirmarem-se como gente de bem, quando na verdade ou já roubaram ou já estão a pensar nisso!
Detesto gente que vive por viver, gente dependente e que me retiram o ar... Detesto a cor roxa... Detesto o trânsito e ter que dar trezentas voltas ao quarteirão para estacionar a viatura...
Detesto a solidão mas abomino multidões... Detesto a algazarra mas não suporto o silêncio...
Detesto os tontos e as suas histórinhas de comover todo o mundo menos a mim... eu também tenho problemas certo?
Detesto o egoísmo presente nos humanos... detesto, às vezes, ser egoísta e só pensar nos meus problemas! Morre tanta gente à fome, por isso não venhas com o mesmo discurso!
Detesto gente que vive na fantasia, mas insiste em dizer que vive no mundo real... Detesto aqueles que dizem precisar de trabalhar, mas na verdade não precisam nada pois no final do mês não pagam contas nem sustentam crianças e uma mãe idosa cheia de problemas de saúde...
Detesto sorrisinhos de meninas conquetes e a sua extrema necessidade em gritarem para o mundo que estão felizes, na esperança de que as próprias sejam capazes de acreditar nisso...
Estou cansada e neste momento gosto de pouco do que me rodeia...
Monday, October 15, 2007
Alcançar-te...
Os dias correm à mesma velocidade que os carros passam por mim na auto-estrada... Deixo-me ir a uma velocidade lenta, demasiado lenta para ver se ainda me consegues alcançar! Mas com o passar do tempo, apercebo-me da estranha ironia... tu foste mais veloz que eu e recusaste-te a parar para me dar a mão e assim roubar da lentidão!
Finalmente, chego à cidade... Estaciono o carro e vou até à baixa! Permaneço imóvel numa Baixa irrequieta e em constante mobilidade e metamorfose! Quinhentos rostos passam por mim e não te encontro... Pensei que seria capaz de te alcançar, mas enganei-me!
Decido ir aos sítios que julguei serem só nossos... Lá encontrei meia dúzia das minhas lembranças e vi as tuas serem empacotadas no verbo passado da tu vida... Pensei que seria capaz de te alcançar, mais uma vez não consegui!
Sento-me naquele sítio, onde disseste que me querias... lembro-me da conversa tida e agora relembrada... lembro-me de como senti e de como te senti! Aí, deveria ter percebido que não seria mais capaz de te alcançar...
Deixo-me ficar ali... não consigo conter as lágrimas após tanto tempo! Deixo-me ficar ali... apercebo-me que não sou capaz de alcançar-te e fico-me por ali...
Peço então para te empacotar no verbo passado... e as lembranças que tenho de ti... peço para te empacotar no presente do verbo passado... Complico demais! Sonho demais... não te alcancei!
Finalmente, chego à cidade... Estaciono o carro e vou até à baixa! Permaneço imóvel numa Baixa irrequieta e em constante mobilidade e metamorfose! Quinhentos rostos passam por mim e não te encontro... Pensei que seria capaz de te alcançar, mas enganei-me!
Decido ir aos sítios que julguei serem só nossos... Lá encontrei meia dúzia das minhas lembranças e vi as tuas serem empacotadas no verbo passado da tu vida... Pensei que seria capaz de te alcançar, mais uma vez não consegui!
Sento-me naquele sítio, onde disseste que me querias... lembro-me da conversa tida e agora relembrada... lembro-me de como senti e de como te senti! Aí, deveria ter percebido que não seria mais capaz de te alcançar...
Deixo-me ficar ali... não consigo conter as lágrimas após tanto tempo! Deixo-me ficar ali... apercebo-me que não sou capaz de alcançar-te e fico-me por ali...
Peço então para te empacotar no verbo passado... e as lembranças que tenho de ti... peço para te empacotar no presente do verbo passado... Complico demais! Sonho demais... não te alcancei!
Wednesday, October 10, 2007
Um minuto
Se te pedir um minuto, para que possas ler isto... Dás?
Se te pedir para voltares num minuto, pensavas por um segundo ou nem sequer precisarias de tanto tempo?
Se te pedir um beijo de um minuto... Dás?
Se te pedir um abraço num minuto...Dás?
Se te pedir o céu por um minuto... Dás?
Se te disser num minuto o que sinto... Acreditas?
Quero-te apenas por um minuto... Agora... Já! Sem demoras... sem hesitações... Num minuto, nada importará... Num minuto, tudo será nosso!
Se te pedir para voltares num minuto, pensavas por um segundo ou nem sequer precisarias de tanto tempo?
Se te pedir um beijo de um minuto... Dás?
Se te pedir um abraço num minuto...Dás?
Se te pedir o céu por um minuto... Dás?
Se te disser num minuto o que sinto... Acreditas?
Quero-te apenas por um minuto... Agora... Já! Sem demoras... sem hesitações... Num minuto, nada importará... Num minuto, tudo será nosso!
Tuesday, October 09, 2007
"Passou algum tempo... quer dizer, já não te via há anos, que pareceram-me, naquele instante, séculos! Eu, que nunca pensei ficar ansioso com este reencontro, tremi como se estivesse cheio de frio num dia daqueles terríveis de inverno!
Comecei a reclamar com qualquer pormenor insignificante pois queria sair daquela rotineira vida que tinha criado para mim... A funcionária disse que iria chamar a gerente, para que eu pudesse expor o meu ponto de vista - como quem diz a minha reclamação idiota!
E tu chegaste, exibindo um elegante vestido preto que caia ao encontro do teu corpo... Lá em cima, daqueles saltos que redesenhavam as tuas pernas suaves como o tecido do teu vestido, disseste-me: "Boa noite! Qual o motivo da reclamação?"
Os teus olhos penetraram os meus de um modo frio e rápido e que por isso mesmo quase não fui capaz de reconhecer neles os olhos doces e de menina com que outrora me olhavas! Foste dura, fria e nem sequer foste capaz de me reconher. Ou não quiseste?
Sempre soube que quando deixasses a capa de menina, vestirias um desses vestidos de mulher segura e que, certamente, já não precisarias de mim... Quando deixaste de precisar?
Não consegui evitar, fiquei em silêncio... Perguntaste, apenas, uma vez se iria reclamar de algo ou se era para dar os parabéns ao Chef... Não respondi e tu disseste que não irias perder mais tempo, mas que se me resolvesse a dizer uma frase que te poderia procurar na sala da gerência.
Abandonaste a minha mesa e o teu vestido permitiu-me relembrar o desenho perfeito das tuas costas... do tom da tua pele, que agora tem mais cor! Observei a segurança com que pisavas o chão e senti-me uma possível formiga a ser esmagada pelo salto fatal dos teus sapatos! Porque não me reconheceste? Estou assim tão diferente? Ou não quiseste recordar? Ou já esqueceste?
Deixei mostrar-te que estava vivo mas precisava de saber-te viva neste momento...."
FWD:
"Deixei de precisar de ti quando aprendi que tinha que contar apenas comigo... Reconheci quem tu eras apenas pelo teu perfume, mas não quis reconhecer, recordar-te! Não estás diferente... estás igual! Não me esqueci de ti, de mim e de nós... Apenas não quero relembrar!
Deixei de respirar quando te imaginei morto... mas depois percebi a simulação da tua morte... percebi que era eu que tinha morrido e resolvi viver!
Mas continuo a ser a mesma que conheceste com os mesmos olhos... Não fui eu que te olhei como dizes... foste tu que me viste assim...
Estou viva..."
Comecei a reclamar com qualquer pormenor insignificante pois queria sair daquela rotineira vida que tinha criado para mim... A funcionária disse que iria chamar a gerente, para que eu pudesse expor o meu ponto de vista - como quem diz a minha reclamação idiota!
E tu chegaste, exibindo um elegante vestido preto que caia ao encontro do teu corpo... Lá em cima, daqueles saltos que redesenhavam as tuas pernas suaves como o tecido do teu vestido, disseste-me: "Boa noite! Qual o motivo da reclamação?"
Os teus olhos penetraram os meus de um modo frio e rápido e que por isso mesmo quase não fui capaz de reconhecer neles os olhos doces e de menina com que outrora me olhavas! Foste dura, fria e nem sequer foste capaz de me reconher. Ou não quiseste?
Sempre soube que quando deixasses a capa de menina, vestirias um desses vestidos de mulher segura e que, certamente, já não precisarias de mim... Quando deixaste de precisar?
Não consegui evitar, fiquei em silêncio... Perguntaste, apenas, uma vez se iria reclamar de algo ou se era para dar os parabéns ao Chef... Não respondi e tu disseste que não irias perder mais tempo, mas que se me resolvesse a dizer uma frase que te poderia procurar na sala da gerência.
Abandonaste a minha mesa e o teu vestido permitiu-me relembrar o desenho perfeito das tuas costas... do tom da tua pele, que agora tem mais cor! Observei a segurança com que pisavas o chão e senti-me uma possível formiga a ser esmagada pelo salto fatal dos teus sapatos! Porque não me reconheceste? Estou assim tão diferente? Ou não quiseste recordar? Ou já esqueceste?
Deixei mostrar-te que estava vivo mas precisava de saber-te viva neste momento...."
FWD:
"Deixei de precisar de ti quando aprendi que tinha que contar apenas comigo... Reconheci quem tu eras apenas pelo teu perfume, mas não quis reconhecer, recordar-te! Não estás diferente... estás igual! Não me esqueci de ti, de mim e de nós... Apenas não quero relembrar!
Deixei de respirar quando te imaginei morto... mas depois percebi a simulação da tua morte... percebi que era eu que tinha morrido e resolvi viver!
Mas continuo a ser a mesma que conheceste com os mesmos olhos... Não fui eu que te olhei como dizes... foste tu que me viste assim...
Estou viva..."
Hoje, reticências!
Hoje está incrivelmente um dia cheio de luz...
Hoje desiludida mais uma vez, mas já devia estar habituada!
Hoje só me apetece encher esta página com reticências
...
...
...
...
...
Hoje sou uma grande reticência
Hoje continuo a procurar-me e a encontrar em sorrisos antigos e novos... em expressões velhas ou novas...
Hoje apetece-me gritar contigo... dizer-te que nunca vais mudar! Hoje apetece-me gritar com o mundo e com os desígnios do dito chamado destino!
Hoje queria ficar fechada em casa, a sufocar lentamente para ser salva tal e qual como se me estivesse a afogar e recebesse o ar urgente de quem quer salva uma vida...
I'm over my head...
Hoje desiludida mais uma vez, mas já devia estar habituada!
Hoje só me apetece encher esta página com reticências
...
...
...
...
...
Hoje sou uma grande reticência
Hoje continuo a procurar-me e a encontrar em sorrisos antigos e novos... em expressões velhas ou novas...
Hoje apetece-me gritar contigo... dizer-te que nunca vais mudar! Hoje apetece-me gritar com o mundo e com os desígnios do dito chamado destino!
Hoje queria ficar fechada em casa, a sufocar lentamente para ser salva tal e qual como se me estivesse a afogar e recebesse o ar urgente de quem quer salva uma vida...
I'm over my head...
Monday, October 08, 2007
Carta de regresso
Estou sentada na janela, mais uma vez, a olhar para o vazio longínquo que se encontra reservado na figura das estrelas! Penso e volto a pensar, mas acho que está na hora! Por isso, escrevo-te isto...
Enquanto penso no que vou escrever, as lembranças insistem em invadir-me mas ainda consigo evitar os maus momentos... de tudo quero apenas o que de bom aconteceu! Quero cada sorriso, cada momento em que sei que fui plena contigo e em ti... quero cada frase ou palavra bonita, quero aquela expressão que não precisava de qualquer construção frásica correcta e exacta para fazer todo o sentido!
Já escrevi tanto sobre ti, sobre nós, sobre o que senti... mas chego à conclusão que tudo o que havia ficou comigo e em ti restou apenas o nada...
Por isso, resolvi dizer-te, desta maneira não tão corajosa, que não vou estar mais aí a fazer sombra... a recorrer a ti sempre que tenho um problema... a pedir a tua companhia... Vou voltar para o meu cantinho... aquele onde me encontraste! Não consigo evitar um sorriso...
Vou guardar tudo numa caixinha de lembranças... com a certeza de que deixo-te caminhar à vontade e que guardarei no meu coraçaozinho de lembranças o amor que sinto por ti... Mas espero poder vir a sorrir dessa maneira, a trocar palavras com outro alguém do mesmo modo, de ter a mesma certeza e de me sentir plena mais uma vez...
"Guardei o beijo que você me deu..."
Da tua sempre em lembranças...
Adeus
Enquanto penso no que vou escrever, as lembranças insistem em invadir-me mas ainda consigo evitar os maus momentos... de tudo quero apenas o que de bom aconteceu! Quero cada sorriso, cada momento em que sei que fui plena contigo e em ti... quero cada frase ou palavra bonita, quero aquela expressão que não precisava de qualquer construção frásica correcta e exacta para fazer todo o sentido!
Já escrevi tanto sobre ti, sobre nós, sobre o que senti... mas chego à conclusão que tudo o que havia ficou comigo e em ti restou apenas o nada...
Por isso, resolvi dizer-te, desta maneira não tão corajosa, que não vou estar mais aí a fazer sombra... a recorrer a ti sempre que tenho um problema... a pedir a tua companhia... Vou voltar para o meu cantinho... aquele onde me encontraste! Não consigo evitar um sorriso...
Vou guardar tudo numa caixinha de lembranças... com a certeza de que deixo-te caminhar à vontade e que guardarei no meu coraçaozinho de lembranças o amor que sinto por ti... Mas espero poder vir a sorrir dessa maneira, a trocar palavras com outro alguém do mesmo modo, de ter a mesma certeza e de me sentir plena mais uma vez...
"Guardei o beijo que você me deu..."
Da tua sempre em lembranças...
Adeus
Thursday, October 04, 2007
Partida...
Ele pediu que ela fosse embora, mas a porta já há muito tinha sido aberta e ela sem sequer avisar, foi!
Ele continuou a pedir-lhe que fosse embora sem sequer perceber que já não estava lá ninguém para ouvir o seu pedido...
Ela só dizia: Fui embora muito antes de quereres... não precisei que pedisses! Não precisei que percebesses que já não me querias mais ali...
Ali, já não estava ela... apenas ele que pedia ao vazio o que já tinha acontecido há muito! Os olhos dele estavam inundados com aquele líquido produto da tristeza! A face dele estava triste, assemelhando-se às pinturas do palhaço triste, onde o branco está manchado com o vermelho e o vermelho manchado com o branco!
Ele voltou a pedir que fosse embora e apenas nesse momento reparou que as suas frases ecoavam naquele carro, que estava parado naquela rua por quatro horas! Perguntou-se onde ela estava... Será que foi mesmo embora? Mas como se eu só pedi agora? Mas como se eu apenas pedi para que ela dissesse que queria cá ficar mais tempo? Se queria apenas que ela ficasse aqui, do meu lado e me abraçasse de cada vez que sentisse medo...
Ele parou... ficou mais um tempo a olhar para o vazio! De seguida, arrancou e andou às voltas pela cidade a ver se encontrava aquela figura, aquele rosto que o fazia sorrir... Nada! Ela havia desaparecido, como que engolida pela terra ou sugada pela céu! Voltou a parar e ficou ali, a dizer vezes sem conta, volta para mim, volta para mim...
Volta para mim, ficou ali a ecoar naquele carro... e continuou a ecoar!
Ele continuou a pedir-lhe que fosse embora sem sequer perceber que já não estava lá ninguém para ouvir o seu pedido...
Ela só dizia: Fui embora muito antes de quereres... não precisei que pedisses! Não precisei que percebesses que já não me querias mais ali...
Ali, já não estava ela... apenas ele que pedia ao vazio o que já tinha acontecido há muito! Os olhos dele estavam inundados com aquele líquido produto da tristeza! A face dele estava triste, assemelhando-se às pinturas do palhaço triste, onde o branco está manchado com o vermelho e o vermelho manchado com o branco!
Ele voltou a pedir que fosse embora e apenas nesse momento reparou que as suas frases ecoavam naquele carro, que estava parado naquela rua por quatro horas! Perguntou-se onde ela estava... Será que foi mesmo embora? Mas como se eu só pedi agora? Mas como se eu apenas pedi para que ela dissesse que queria cá ficar mais tempo? Se queria apenas que ela ficasse aqui, do meu lado e me abraçasse de cada vez que sentisse medo...
Ele parou... ficou mais um tempo a olhar para o vazio! De seguida, arrancou e andou às voltas pela cidade a ver se encontrava aquela figura, aquele rosto que o fazia sorrir... Nada! Ela havia desaparecido, como que engolida pela terra ou sugada pela céu! Voltou a parar e ficou ali, a dizer vezes sem conta, volta para mim, volta para mim...
Volta para mim, ficou ali a ecoar naquele carro... e continuou a ecoar!
Wednesday, October 03, 2007
Apatia do olhar
Tenho um espelho na minha mão... vejo o rosto, que supostamente dá forma à minha alma, mas não o reconheço! Não me reconheço...
Permaneço horas, sem conta, sentada naquele alpendre velho, com o espelho na mão e a olhar para o vazio... Não me reconheço!
Volto a olhar no espelho e analiso cada traço deste rosto que dizem que é o meu... Está cansado, vejo isso nos contornos dos meus olhos! Está triste, vejo isso no contorno dos meus lábios que insistem em não esboçar qualquer sorriso! Está sem sonhos... não brilha mais!
A cadeira na qual me sentei é daqueles que baloiçam com uma pequena força... que baloiçam com o vento mais gentil... Deixo-me baloiçar e permaneço em silêncio!
Foi aqui neste alpendre não foi? Foi aqui que me disseste que ias embora? Foi sim! Já passou tanto tempo, mas lembro-me disso...
Volto a olhar para o espelho que me presenteia imagens do meu suposto passado... mas não o reconheço, como não reconheci o meu suposto rosto! E depois, volto a olhar para o vazio... para a estrada que parece não ter fim, para os campos que a acompanham nessa imensa longevidade...
Cansada daquele meu suposto rosto, parto o espelho!
Cansada do vazio, grito pelo tudo...
Depois da revolta, procuro um novo espelho e volto a sentar-me no alpendre, a olhar para o vazio....
Permaneço horas, sem conta, sentada naquele alpendre velho, com o espelho na mão e a olhar para o vazio... Não me reconheço!
Volto a olhar no espelho e analiso cada traço deste rosto que dizem que é o meu... Está cansado, vejo isso nos contornos dos meus olhos! Está triste, vejo isso no contorno dos meus lábios que insistem em não esboçar qualquer sorriso! Está sem sonhos... não brilha mais!
A cadeira na qual me sentei é daqueles que baloiçam com uma pequena força... que baloiçam com o vento mais gentil... Deixo-me baloiçar e permaneço em silêncio!
Foi aqui neste alpendre não foi? Foi aqui que me disseste que ias embora? Foi sim! Já passou tanto tempo, mas lembro-me disso...
Volto a olhar para o espelho que me presenteia imagens do meu suposto passado... mas não o reconheço, como não reconheci o meu suposto rosto! E depois, volto a olhar para o vazio... para a estrada que parece não ter fim, para os campos que a acompanham nessa imensa longevidade...
Cansada daquele meu suposto rosto, parto o espelho!
Cansada do vazio, grito pelo tudo...
Depois da revolta, procuro um novo espelho e volto a sentar-me no alpendre, a olhar para o vazio....
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