Monday, September 24, 2007

Despedida eterna

Abraçou-a, empurrando o seu corpo contra o dela...
Nesse momento, apercebeu-se que as suas respirações já não estavam em sintonia... Que a respiração dela, havia perdido ritmo e quase já não se fazia sentir!

Abraçou-a, escondendo a sua face para que ela não percebesse que ele chorava...
Pois, ela tinha deixado de respirar e havia suspirado uma última vez para apenas dizer aquelas palavras importantes e que naquele momento era o mesmo que dizer ADeus!

Abraçou-a, para poder sentir mais uma vez o seu corpo... Na esperança tonta de que o calor não fugisse daquele corpo, daquela mulher...

Com todas as forças, levantou-se e levou-a ao colo... O vento encarregava-se de dar aquele momento a inteira beleza de qualquer despedida romântica e trágica... Mas aquilo não era um filme... A dor que ele trazia era dele... E ele não conseguia deixar de ouvir o riso dela... de ver as lágrimas que ela tinha deixado cair, porque ele não quis ficar mais tempo com ela... as frases dela, quando falava a sério!

Deixou-a deitada naquela sala, como se fosse mais uma tarde em que ela dormia a sua sesta... Mas desta vez, ela não acordou mais!

Friday, September 21, 2007

Lembranças nas histórias!

Revejo e relembro todas as minhas histórias, não falo destas que escrevo que não são mais que palavras escritas! Falo das histórias que vivi, que senti e que toquei, das pessoas que viveram nelas, que me sentiram e tocaram!

Lembro-me de ti... Da maneira como me olhaste mal entrei naquele restaurante... de como te apresentaste e de como me fizeste pegar na tua mão e pedir aquele beijo! Beijo que me deixou e continua a deixar envergonhada. E aquele sorriso, que não consegui largar mais naquela noite?

Lembro-me dele... do cuidado que teve em proteger-me da chuva e depois não querendo saber mais daquelas gotas que insistiam em cair, roubou aquele beijo... Senti-me uma menina e o friozinho na barriga? E o jeitinho de contrariada por contrariar? E as pessoas que assistiram? Que vergonha....

Lembro-me do outro... de como me fazia rir, mesmo quando queria chorar! Da sua paciência... Do bom humor e da amizade que me guardou! Do primeiro encontro e das ditas "private jokes"!

Lembro-me do primeiro amor à séria... como gostava dele! Lembro-me de como me fez sentir em casa, quando encontrava o seu abraço! De como os meus lábios encontravam-se com os dele em perfeita sintonia de movimentos!

Depois de tudo isto, lembro-me das lágrimas perdidas e achadas... inúteis mas valorizadas... da raiva que sentia por sentir... da tristeza que teimava em habitar a minha alma... da saudade que alugava, nos meses seguintes, um espaço no meu coração!

Advindo, consequentemente, daí o crescimento e a mudança... Não me reconheço e eles, também, deixaram de saber quem sou... Apenas lembram de mim num sorriso parecido ao passado, numa frase que também por lá ficou...

Agora? Agora sou eu, com apenas os restos das lembranças!

Wednesday, September 19, 2007

Faz de conta

Faz de conta...
Faz de conta por mim!
Faz de conta...
Faz de conta para me veres sorrir...
Fecha os olhos...
Fecha os olhos por mim...
Fecha os olhos...
De olhos fechados, o que vês?

Faz de conta...
Faz de conta por ti...
Faz de conta e sorri...
Fecha os olhos...
Fecha os olhos por ti...
Agora que abriste os olhos, o que vês?

Faço de conta...
Faço de conta por mim...
Faço de conta que sorrio...
Fecho os olhos
Fecho-os por mim...
De olhos fechados, o que vejo?
Vejo um sorriso, sinto o outono, relembro o inverno, anseio pela primavera e desespero pelo Verão! Sinto um abraço, ouço o riso, sinto-me em casa! Sei onde estou e guio-me de olhos fechados!
O que acontece quando abrir os olhos e perceber que está tudo ao contrário?

Still Crazy - P.N.

Preciso dos teus ouvidos e preciso deles, agora, que tenho algo para te dizer...
Hoje estou aqui, porque apenas preciso de falar-te e não é minha intenção ganhar, novamente, o que há muito está perdido...
Estou tão certa disto, como tenho a certeza absoluta de que lá fora chove torrencial e violentamente... Sabes que te trago todos os dias na memória? Sabes que foi apaixonada, enamorada, doida, insana, louca, tudo isso por ti? Vivi dias com certezas, de que tu amavas-me e de que eu só podia amar-te, a ti! Mas tudo mudou... Mas porquê? Se fiz-te rir? Se te surpreendi com a não surpresa? Se te surpreendi com o facto de ser capaz de tudo isso?
Tudo isto é verdade, mas agora não importa preciso apenas dizer... que era doida por ti...
E aconteça o que acontecer, serás dono do meu pedacinho de coração...

Tudo isto nesta música - Paolo Nutini:

"Shut me out completely,
That would not be such a sin.
Lock up every entry,
Make sure that there's no way for me to get in
Won't try to pry them open,
Never mind knock upon your doors.
Truth is that there's no reason for me to even see
your face anymore.
But I need your ears and I need them now I've got
something to say, I'm not here today to win you back just to remind you
that.
Sure as the rain starts to fall, Yes I'll always remember you dear.
And though we don't talk anymore. I was crazy for you; yes I was crazy for you, that'sfor sure. Nothings ever easy,
I think we both know that it'strue.
I was convinced you loved me,
and I was pretty sure
that I loved you too,
When was our final moment
whats your favourite mighthave beens.
When was my fatal error that changed the way you
thought of me ever since.
Cos I made you smile and I made you laugh,
i made nice gestures and surprised you enough?
But I made you come, but I made you cry,
I wish this was true but I'm not gonna lie.
And though we don't touch anymore. I was crazy for you; I'm still crazy for you, that'sfor sure."

Sunday, September 09, 2007

Desisto e Abdico!

Desisto de ti neste momento...
Abdico de ficar à espera de algo que nunca virá para mim...
Desisto de não ter respostas, quando faço perguntas...
Abdico de toda a indiferença...
Desisto das lágrimas...
Abdico de tudo o que tenho dentro deste meu coração...
Desisto de solidão imposta por um sentimento castrador...
Abdico das lembranças de momentos felizes...
Desisto do abraço que me fazia sentir em casa e que desejo mais do que o ar que respiro...
Abdico do último beijo dado e do último recebido...
Desisto de uma ideia ridícula de um nós que só existiu nos meus sonhos...
Abdico de mim neste momento...
Desisto de mim assim... triste... à espera... ansiosa e com a impressão de viver na pele do ser mais invisível!
Abdico do teu sorriso... Abdico do meu...
Desisto do teu riso.... Desisto do meu choro...

Friday, September 07, 2007

Ausência Presente

Não estás! Mas sinto-te do meu lado... envolvendo os meus ombros!
Não estás... mas consigo ver e ouvir o teu riso, bem perto!
Não estás... mas o teu perfume invade o meu olfacto!
Não estás... mas consigo ouvir-te sussurar-me no ouvido, palavras nossas!
Não estás, mas sinto-te presente em cada instante que passa!

Não estás... Procuro-te por todo o lado...
Não estás... Mas porque sinto-te presente?
Não estás, mas queria-te aqui bem do meu lado!

Que ausência presente é esta? Porque insiste em castigar-me?

Ausência presente ... a tua ausência presente!

Wednesday, September 05, 2007

Permanecer para sair...

Perante a tua pessoa deixo a minha pessoa para que lhe fales e a vejas bem...
Perante ti, só posso perguntar "o que está a passar? Afinal que queres de mim? Quem queres que eu seja?"

Permaneço ali... à tua frente! Tu nem uma palavra consegues dizer sequer olhar-me! Permaneço ali à tua frente como uma criança espera pela sua mãe, apenas desejando que esta a abrace... porque não o fazes? Porque me deixas permanecer aí, à tua frente, sem que fales ou ajas?

Começo a pensar em ir embora, nunca fui e fiquei sempre ali! Mas tu que foste e voltaste, quando o teu prazer e vontade soberana ditaram... Vais ficar ali? à minha espera? Quando serás capaz de ser sincero comigo e contigo... diz-me aquilo que sei e apenas preciso de ouvir-te dizer! Diz-me que já não me queres, que não te imaginas do meu lado e deixaste de sonhar comigo... Diz-me para ir embora, mas diz qualquer coisa!

Recusa a cobardia... Diz! Recusa a tua fraqueza... diz! Recusa o dito "jogar pelo seguro"... Diz! Liberta esta prisioneira de uma fantasia esperançada e idiota! Abre-me a porta e diz-me para ir embora dali...

Ou então, deixa-me ser eu, a brusca e rude, dizer-te que me vou embora... que estou tão cansada de esperar... tão desiludida por ter de esperar-te! Mas agora apercebo-me, posso ir embora sem te pedir e sem te avisar... e vou.... vou agora mesmo sair dali!

Saio dali e deixo-te inerte e sem vida... saio dali e deixo a estupidez de uma ilusão de uma possível realidade! Saio dali e deixo o teu corpo abandonado... Saio dali e deixo a tua alma sem qualquer ferida... Saio dali e deixo-te em paz... Não te aborreço mais com a minha presença, que para ti se tornou insuportável! Saio dali... e vou para qualquer lado.... vou para lá... vou para aqui... mas não estou mais ali!

Tuesday, September 04, 2007

De pernas para o ar na nostalgia

Hoje senti a falta de te escrever e de te dizer como estou e de como me sinto! Afastada do mundo e da realidade, vivi dias só meus! Agora retorno e tudo está de pernas para o ar, como se estivesse suspensa numa ponte, tal e qual um praticante de bungee jumping.
Mas o que se passa? O que está acontecer com as pessoas que me rodeiam? Respiro ares de inquietação e ansiedade, como se uma grande verdade estivesse para ser revelada. Vejo caras fechadas, algumas lágrimas e palavras secas como um deserto.
Peguei no carro e passei pelas ruas da minha cidade à procura de uma resposta, de uma alegria perdida e acabei por encontrar um estranho sentir de nostalgia...
Por isso resolvi escrever-te, por isso precisei de ti... procurar aquele conforto que só as palavras escritas dão! Desculpa se te pareço egoísta e se parece que me esqueci de ti... mas não foi isso. Esqueci-me de mim e por isso não depositei mais qualquer palavra!
Ouço sem parar aquela música que traduz o meu estado de espírito de tantas vezes... Eu não sei quem me perdeu... quem me esvaziou as mãos e as transformou em banalidades... quem ficou de me guardar o medo e de me pedir para ficar para sempre ali... transformada num barco sem cais, decerto! Talvez uma asa, sozinha e sem destino, esperando que um dia eu seja dona do meu céu...
Quem me perdeu ou deixou esquecida em cima de uma mesa, sujeita a ir embora com o sopro de uma qualquer brisa? para deixar apenas a lembrança olfactiva de um perfume! Desejo apenas voltar para quem me quis perder... mesmo sabendo que me irá perder mais uma vez...
Desejo não ver mais caras fechadas e não sentir que o mundo está todo doido... Desejo aquele abraço para me sentir de novo em casa!