A direcção que procuro é aquela que de mim se esconde, atrás das curvas fechadas que vou fazendo e ao mesmo tempo temendo! Temo pois no final daquela curva qual será o meu destino?
Continuo este longo caminho, tenho lágrimas a invadirem-me os olhos... falta uma parte de mim! Será que me esqueci dela? Será que a perdi? ou simplesmente, de mim fugiu?
Ainda falta muito para lá chegar... Será que no fim vou encontrá-la? Continuo a andar, esperando que esta caminhada faça sentido e que me traga o que preciso saber! Maldição de ser pensante que carrego comigo, porque processo e analiso tudo o que me envolve? Porque não sou capaz apenas de receber as coisas? Maldito contentamento descontente que me faz procurar algo que provavelmente não encontrarei...
Vou sentar-me um pouco em frente a este rio que se encontra com o mar... As lágrimas invasoras, finalmente, caiem pela face! Quero encontrar-me com aquele meu pedaço, como este rio se encontra com o mar...
Retorno a caminhada... ando e ando... e lá no final do caminho, encontrei! Estavas ali, com um sorriso que achava que tinhas perdido, com o abraço que estava esquecido e com as palavras demasiado bem guardadas.
Inevitavelmente, devolvi-te um sorriso... Mas não fui ter contigo! Voltei para trás... Só queria ver se lá estavas e agora preciso de voltar atrás para me encontrar e levar-te a ti o que eu sou, eu!
Pedi-te demais, mas peço novamente: fica aí, não sais e não mexas mais do que um centimetro... Agora que sei o caminho, voltarei mal possa e mal me encontra para dar-te Eu, como tu me conheceste; com o teu sorriso que é meu, com as nossas palavras e com o que tudo o que temos direito.
Um beijo de quem voltará
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